diário de viagem
rodoviária de belo horizonte, 02/11/09 - em viagem para ouro preto
Agora descemos ao chão. Onde Deus não desce.
Aqui estão as pessoas e seus caminhos.
Os destinos impressos em bilhetes numerados e pagos à prestação.
O homem grita vendendo sede e fome. Sede e fome viajam neste embrião de destinos.
Jovens corados fortes conversam ali em outra língua.
Eles não sabem nem da sede nem da fome, e querem apenas fotografar estes homens que gritam e seus monumentos – os que ainda não foram sobrescritos.
Todos falam outras línguas.
Outras mágoas.
Todos nós sozinhos.
Ninguém sabe o que choram estes pequenos rostos nas janelas.
Somos sós, nós e nossos caminhos tortos.
Oi Dani, passei por aqui, manda brasa... Carlos.
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