pelo medo
o Tempo anda
por meu sonho oco
recorro às listas
reconheço minhas culpas
recolho meus detritos
cerro a janela
da vidraça a vida passa
ou eu passo na vidraça
vigio meus passos
ergo os móveis
não encontro
os livros que não li
me dizem tantas verdades
sonho oco
sobe minha parede
recorro ao futuro e
entre parênteses, planejo rumos
mas o futuro me prevê -
- minha segurança chave ferrolho
eu, en-janela-cerrada.
à falta de sorriso devolvo as rugas
e o tempo frio
morde meu sonho rouco
na caixa sem chave.
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