que dizer do céu

e quem virá levar
   as lembranças mortas
   da minha guerra mundial
      para um monumento
      um mausoléu
      um momento que não conste dos arquivos pessoais...?

e quem irá lavar
     os medos tortos
    da minha fobia matinal
       e pô-los na água sanitária
       e no varal
       e no vendaval que pise os motivos ancestrais...?

e quem virá consertar
    os furos feitos
    do telhado do tempo mau
    e proteger-nos de teto, nosso
    contra chuva, raio, temporais...?
...
         e abrir-nos a porta
         a janela
        o olho-nu

a fim de verificar que é sol
a fim de constatar que há sal
a fim de demonstrar que há céu.....?
 

Comentários

  1. Amei os dois!!
    Adoro esse jogo de palavras e de sentidos!!


    Uma verdadeira dona das palavras!!

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