metrópole


A esquina mastiga
o capim crescendo
Ou o capim rumina
a calçada?
Já pela tarde
A calçada espreme
Viventes em transe
E a esquina mastiga
As flores algumas
Que afogam os pesadelos
Dos tropeiros
Da metrópole
Em transe
Que não pede perdão
Não chora
E deita-se indigna
no capim crescido
Na digna calçada
Plana
fria
E puta.

Coração vendido
Ao primeiro e ao último transeunte.

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