Biografia
Vejo meu corpo
Com descuido
A linha me fere
E não me desculpo
Deixo deitado
Meu corpo
Enquanto o esquadrinho
Por cima do muro
escalpo
unha
indoçura
Desencantada
aquela
que fugiu
e deixou esta
Nos cabelos
Nos olhares
Nos desejos
Nos andares
Não decido: Quem sou?
Esta que desanda
que marcha
que ora
Escrita em versos
No pelo
Na nuca
No dedo
Na vulva
os pedaços de um meu outono
- e este mundo de Atlas
que escoro no ombro...
Dificilmente comento, mas este, sinceramente me pegou. Não, laçou mesmo. Sempre gostei da tua fala poética, dos desenhor que constrói com cuidado, mas uma delicadeza que detona. Adorei este. Virei aqui outras vezes. beijos e some não...
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