Amanhecer
Das dobras do lençol
espremidos desejos,
Escorrem de bordadas fronhas
Sonho e medo
Seca no vento uma lembrança
No meio do travesseiro
Desfila no fio
Memória de cio
Quando acordar do pesadelo
Quando mesmo ensaiar o dia?
a cortina desdobra a manhã
pauta inscrita
no pó que dança na réstia
afazeres
quereres
empilha rumos em lacunas no horizonte e na copa das macieiras...
ao sacudir
colcha e corpo
sono e sonho saltam
no ar
em cambalhotas e peripécias.
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