Pela estrada (sonhos na bagagem)
Enquanto rodava
(ida ou volta de alguém,
onde),
não era na janela
só a paisagem
nem no meu estômago
apenas o prato do meio-dia
transtornado
nem na estrada o asfalto
se debruçando
à minha frente
(um céu todo sem borrados)
- Na paisagem meu olho misturava
num curta-metragem nômade:
o sonho,
os galhos retorcidos,
aquele horizonte,
meus dez anos de idade.
E eu sentia,
- Eu envelheci!
E aquelas árvores.
Aquela senhora bordando.
Mas não o sonho
- que pulou do muro
e veio pra estrada.
- o sonho é menino sempre
e quer quebrar essa minha vidraça
.....
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