fim
Há muito
tempo já não volto mais para casa e é tão profunda essa maneira de raiz.
Por tanto
tempo me vigiava teu olho vago e eu vaguei, por tanto tempo que morri.
Perdi meu corpo, debaixo da cicatriz, e tua solidão se perde pela minha superfície.
Porque você
sorri e eu não entendo se teu olho mente tão discretamente, ou se você é um
santo, ou uma nuvem simplesmente.
Você esparrama
sobre mim coisas prateadas mas eu derrubo na tua mesa as linhas da minha mão, erradas. Eu aperto tuas linhas nas minhas porque estou tão desamparada.
Preciso que
você derrube a porta mas você me deixa uma carta.
Preciso que você me odeie e você me
faz uma oração.
Das tuas
linhas com tua caligrafia me contando de amor muito tarde, faço um coração
aflito. E uma canção em tua homenagem.
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