por quem ama janaína
o céu está bonito, janaína.
- o que sobrou.
janaína apagou a cor do sorriso e remenda passos perdidos.
um piãozinho assim dei pra janaína ver, desses rodantes, coisa mais linda.
levei janaína pra ver o rio.
acho que a vida é bonita assim, abraçar um amigo, se faltar dinheiro cê pede emprestado, e o piãozinho, janaína, olha, colorindo ele a calçada.
janaína ancorou os pés daquele lado e não quer olhar os barquinhos de papel, as garrafas com mensagens, as flores úmidas.
janaína chove.
essa vida que sede janaína
essa vida que fome janaína
janaína já nem entende poesia.
eu dei esse passarin pra janaína. ele cantou. janaína é mais triste que o passarin, soltei, janaína, não pude.
na sua gaiolinha janaína nunca mais nuvem.
janaína quase sempre chão.
catou suas coisinhas da prateleira, juntou, não usa mais o vestidinho de flor, põe, janaína, que eu gostava.
janaína reolha os pés pisados encostando pesados o piso frio.
e deixa sobrando o doce em cima da pia
as formigas
essa vida que come janaína
essa vida que sangra janaína
essa vida que bebe janaína
eu andei levando ela pela mão andar por aí ver os muros coloridos.
eu andei sorrindo.
eu andei amando janaína.
essa vida que janaína
não me dá mais a mão.
o céu está tão bonito, janaína, o pião.
rodando janaína
minha cabeça janaína
janaína
coração.
- o que sobrou.
janaína apagou a cor do sorriso e remenda passos perdidos.
um piãozinho assim dei pra janaína ver, desses rodantes, coisa mais linda.
levei janaína pra ver o rio.
acho que a vida é bonita assim, abraçar um amigo, se faltar dinheiro cê pede emprestado, e o piãozinho, janaína, olha, colorindo ele a calçada.
janaína ancorou os pés daquele lado e não quer olhar os barquinhos de papel, as garrafas com mensagens, as flores úmidas.
janaína chove.
essa vida que sede janaína
essa vida que fome janaína
janaína já nem entende poesia.
eu dei esse passarin pra janaína. ele cantou. janaína é mais triste que o passarin, soltei, janaína, não pude.
na sua gaiolinha janaína nunca mais nuvem.
janaína quase sempre chão.
catou suas coisinhas da prateleira, juntou, não usa mais o vestidinho de flor, põe, janaína, que eu gostava.
janaína reolha os pés pisados encostando pesados o piso frio.
e deixa sobrando o doce em cima da pia
as formigas
essa vida que come janaína
essa vida que sangra janaína
essa vida que bebe janaína
eu andei levando ela pela mão andar por aí ver os muros coloridos.
eu andei sorrindo.
eu andei amando janaína.
essa vida que janaína
não me dá mais a mão.
o céu está tão bonito, janaína, o pião.
rodando janaína
minha cabeça janaína
janaína
coração.
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