sábado de tardinha
E a saudade
é uma coisa assim pequena mas pontuda. Primeiro compartida. Mas que vai virando minha e vai deixando de ser tua. Quando deixa de vez traz tuas malas tuas coisas pequeninas, traz tua janela pra
eu te ver. Traz a lua.
A solidão é
uma coisa assim de besta, tanta coisa nesse mundo pra fazer. A vitrola tenta
ser minha menina, mas minha menina não consegue se mover. Eu arrasto as meias
pelo piso fazendo de conta que algo vai acontecer. Aí desligo a canção
tortinha, que o que acontece é que eu choro de você.
A tristeza
é uma coisa assim de espaços. O coração agigantar num abraço o corpo fechar
num vão. A rua tenta ser minha companhia, tanta gente vai e vem eu eu sorrio
para a multidão. Não, ninguém me vê, mas é bonito mesmo assim me ver sorrindo. Porque de
longe dá pra ver que é uma luminária, esse meu olho verde d’água só caindo.
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