propósito
despetalando-me e inventando outras extremidades e pontes esqueço os mapas nas gavetas que deixo fico sem saber voltar sigo com alguma ideia intensamente fixa que mudo enquanto os dias vêm.
gosto do
sabor das novidades e de encher a boca de alguma manhã em que a temperatura
traga alguma boa lembrança sempre houve dias em que as coisas puderam ser
respiradas mais fundo.
sento-me em
algum ponto da cidade, em plena cidade, e visualizo pelos vidros de janelas os
profundos das janelas e das vidas por trás delas e as pessoas sem pressa
absorvê-las engolindo um refrigerante num bar.
ar. estar
na cidade não esperando que algo aconteça mas acontecer no lugar... às vezes,
acontece e isso é tudo.
nem sempre
existo, poucas coisas em mim foram tão reais quanto as que escrevi levo comigo
menos gente que paisagens, o que não deixa de ser uma pena.
às vezes há
quem exista apenas para que a gente tenha escrito um poema.
Transgrido, logo existo.
ResponderExcluirGK