por enquanto, que não sei escrever poemas ou deixar de sentir falta, ou porque resido temporariamente flutuando ao redor de meus planos mais ou menos arriscados (e sinto medo vontades saudades por todos os lados)

por enquanto que não entendo para que lados vou se tudo em mim tanto se reparte, por enquanto que não sei definir trajeto nem bagagem

 

- pareço livre

indefinida

ilimitada

 

por enquanto que me faltam solo e ar – território, por enquanto que me falta o som familiar de uma interjeição só, dessas que se fazem das gentes mais amadas – lar

 

(quando se perdem

Definitivamente)

 

por enquanto, viva, tropeçando em memórias e terremotos por mim mesma projetados

- soo infinita


paralela

a todas essas ruas que me conjugam

em todos os modos e todos os tempos e pessoas

- um dia ousarei ser só

Infinitiva.

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