casa



esta é a cidade em que faço amor em que tomo notas em que meço distâncias em que escrevo um poema (ou panfletos) apoiada em suas costas. inventamos poemas noturnos e graves discursos pra afastar sua miséria depois fazemos festas saímos contando as ruas que conhecemos. nossas ruas me fixam mapas me edificam jardins urbanos.

(preciso contar que esta é a cidade em que mais morri e por isso mesmo estou tão acordada).

sempre depos virá o silêncio depois virão paisagens e fotografias posadas de céus rosados pontos  turísticos ou cardeais em que espeto alfinetes buscando escrever amor, tomar poemas, medir notas, fazer distâncias.

por enquanto, nesta cidade, basta muito nos habitarmos.

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