mapa
dessa vez invento
um mapa anárquico
em que de algum lugar, de minha janela,
eu veja
- meu pai lavando o carro no
parque residencial piraquara
ouvindo a velha fita do creedance clearwater
revival
- minha mãe numa manhã fria no sul
dispondo biscoitos na grande lata de tampa azul
- um amor caetano in
london, london...
(buscando discos voadores no céu)
- o rio de janeiro inteiro
de uma anônima mesa de bar
suburbana
(hiperurbana)
em que um samba-funk,
um choro,
um punk
me cantarolem canções de ninar
“And we would go on as though nothing was wrong / And hide from these days we remained all alone / Staying in the same place, just staying out the time / Touching from a distance further all the time”.
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